quinta-feira, 7 de outubro de 2010

8. TEMA 5 - "A ESPECIFICIDADE DA CIÊNCIA SOCIAL"

Caros alunos,
Leia o texto  “Conclusão”, em “As Regras do Método Sociológico”, de Emile Durkheim (disponível em: http://www.buscalegis.ufsc.br/arquivos/m4-regraMS.pdf ).
Elabore um comentário do texto e envie para postagem. Vc tem até dia 24 de outubro para realizar essa tarefa.

EXAMINE O MATERIAL DISPONÍVEL EM:

http://www.youtube.com/watch?v=D6BY6LtK9xQ

E

http://www.youtube.com/watch?v=LJENpHfaS_k

42 comentários:

  1. Émile Durkheim (1815-1917) acredita que a sociedade tem que ser explicada a partir de fatos sociais. Tais fatos socias consistem em todos os fenômenos que acontecem no interior da sociedade, desde os menores até os mais complexos (comer, dormir, raciocinar etc.); os quais somos submetidos mesmo sem a nossa vontade. Assim não há acontecimentos humanos que não possam ser chamados de sociais. “Sem tais fatos a sociologia não teria objeto próprio”.
    Durkheim relata que mesmo nas situações que agimos segundo nossos sentimentos, tais ações não deixam de ser objetivas. Quando o indivíduo coloca em prática seus deveres de marido, esposa, irmão (a) ou cidadão; executa os compromissos que assumiu, assim cumpre os deveres que foram definidos exteriormente a ele, no direito e nos costumes, é como se tais atos legitimassem as regras e seu uso. Tais costumes já existiam antes da existência do indivíduo, e certamente existirão quando este não mais viver; e funcionam independentes do uso que se faz deles.
    Quem fornece esse “molde” de asserção e adaptação à sociedade (aos costumes e regras) é a Educação (educação Metódica – ação de socializar), que é passada as crianças primeiramente de geração para geração e depois pela ação do Estado, provendo educação para os indivíduos (independentemente da classe social), esses são moldados de acordo com a sociedade em que estão inseridos. – O Estado para Durkheim é responsável por garantir a Educação, e também o Direito: através da punição para indivíduos que desrespeitarem as regras, leis; já que pode acontecer de uma pessoa entrar em conflito e achar que o mais correto é ir de encontro às normas morais, no caso o Estado teria a função de corrigir tais anomalias (os problemas que podem interferir no bom andamento da sociedade são encarados por Durkheim como Anomalias “doenças” que a afligem causando tal dano, exemplam: os adultos não educarem as crianças, descumprimentos de regras). Os estudos dos fenômenos socias são realizados através da sociologia.
    No texto selecionado “conclusão” Émile Durkheim afirma que a Sociologia é uma ciência independente de todas as filosofias, ou seja, que tem de estar apartada das grandes hipóteses, tudo o que ela necessita é que o princípio de causalidade se aplique aos fenômenos socias. “Visto que a lei da causalidade foi verificada nos outros reinos da natureza... é lícito admitir que ela igualmente seja verdadeira para o mundo social”. Ela tem métodos objetivos: os fatos sociais são coisas que se explicam através de outros fatos sociais. Trabalha também com os conceitos de coisas socias: fatos sociais são objetos (coisas) sociais, e devem ser tratados como tal, o sociólogo deve afastar as noções prévias que possuía dos fatos. A sociologia tem de sair das generalidades e entrar nos detalhes dos fatos, libertar-se de todos os partidos (individualistas, comunistas, socialistas etc.). – “Acreditamos que chegou para a sociologia, o momento de renunciar aos sucessos mundanos, por assim dizer, e de assumir o caráter esotérico que convém a toda ciência. Ela ganhará assim em dignidade e em autoridade o que perderá talvez em popularidade”.

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  2. Cara Sandy,
    Parabéns pela excelente postagem. Certamente seus colegas vão ganhar com a leitura do material que vc. produziu.

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  3. Émile Durkheim, grande pensador francês da segunda metade do século XIX e início do século XX, é considerado um dos pais da Sociologia e, foi além de Comte e Spencer no tratamento da mesma como ciência, pois a tratou de maneira mais prática, com métodos mais específicos e menos abstratos em relação às teorias anteriores.

    Para Durkheim o princípio da causalidade, presente nas outras ciências, também se aplicava à Sociologia, sendo que um fato social seria explicado necessariamente por outro fato social, e a Sociologia teria como objeto justamente o estudo dos fatos sociais. Estes fatos são coisas, ou seja, tudo que envolve a atividade humana, desde os hábitos de higiene até as relações políticas, artísticas, etc.

    Por se utilizar de um método objetivo no tratamento e entendimento da realidade e das relações sociais, Durkheim considera o nascimento da Sociologia como nova ciência, que deve ser autônoma e possuir seus métodos próprios (“métodos exclusivamente sociológicos”).

    Durkheim também diz que a Sociologia não deve ser nem socialista nem comunista, pois estas teorias servem para a Sociologia como “fatos sociais capazes de ajudá-la a compreender a realidade social, ao manifestarem as necessidades que movem a sociedade”.

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  4. continuação:


    Para o autor as bases fundamentais para esta nova ciência já foram estabelecidas e basta que se comece a pô-las em prática. A prática é justamente o grande problema enfrentado pela Sociologia, visto que sua ação não depende exclusivamente do cientista ou do grupo de cientistas e pesquisadores em torno de determinada questão, mas sim de todo o conjunto de fatos e de pessoas envolvidas, além da aceitação no ambiente de estudo por parte das pessoas em relação à importância do desenvolvimento desta ciência. Outro fator complicador é a falta de preparo dos profissionais na época de Durkheim, então se via a necessidade da preparação desta nova espécie de cientistas.

    Durkheim vê na educação a chave dos condicionamentos da sociedade, onde os indivíduos assumem papéis sociais que já existem independentemente de suas individualidades e, transmitem as normas, as regras e as formas de vida da sociedade às gerações posteriores.

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  6. Apesar de formado em Filosofia, Émile Durkheim dedicou todas suas obras e trabalhos à Sociologia que, segundo o próprio filósofo, é independente de toda filosofia. Isso porque essa ciência "deve contentar-se em ser sociologia e nada mais", não apoiando-se em grandes doutrinas filosóficas (como o positivismo, espiritualismo, individualismo).
    Na sociologia de Durkheim, o que é chamado de "fato social" é a base de sua teoria. Sobre esse conceito, o autor afirma que "não apenas são exteriores ao indivíduo, como também são dotados de uma força imperativa e coercitiva em virtude da qual se impõe a ele, quer ele queira, quer não". Ou seja, além do fato social vir de fora dos indivíduos (independem de sua consciência), existem padrões morais e/ou culturais que forçam esses indivíduos a executá-lo. Durkheim também pontua que há uma generalidade com relação aos fatos sociais, uma vez que estes não existem apenas isoladamente, e sim, coletivamente.
    Assim, o objeto central da sociologia de Durkheim consiste em "maneiras de agir, de pensar e de sentir, exteriores ao indivíduo, e que são dotadas de um poder de coerção em virtude do qual esses fatos se impõe a ele". (retirado do próprio texto)

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  7. Para analisar o texto proposto e o pensamento geral de Durkheim, parto da máxima: “os fatos sociais são coisas e como tais devem ser tratados”. A partir dessa frase, pode-se ter uma idéia geral sobre o que pensava o autor. Durkheim teve influências cientificistas e, assim, acreditava que o estudo das relações humanas deveria ser objetivo. Dessa forma, os “fatos sociais” (tudo que se faz, pensa ou sente independentemente da vontade pessoal; um comportamento “automático” ditado pela sociedade), para ele, deveriam ser tratados com certo distanciamento, ou seja, o “pesquisador” não deveria se influenciar pela análise que faz, o que é alvo de críticas, porque somos inevitavelmente influenciados pela sociedade ao nosso redor, assim como ela é influenciada por nós.
    Dessa forma, para Durkheim, a sociologia deve ser objetiva e, portanto, separada da filosofia, já que se ambas caminharem juntas, a sociologia não vai encontrar novas respostas, mas vai se basear naquilo que já existe, vai ser influenciados pelos pensamentos pré-existentes sobre o assunto. Sendo, portanto, a sociologia separada da filosofia, ela será livre para buscar novas idéias, verdades objetivas. Isso fica claramente visível no trecho: “... o sociólogo deveria afastar as noções antecipadas que possuía dos fatos, a fim de colocar-se diante dos fatos mesmos; como deveria atingi-los por seus caracteres mais objetivos [...]”.
    No texto lido, o pensador trata ainda da necessidade da neutralidade da sociologia com relação a idéias políticas, como socialismo, comunismo e outras ideologias, pois, segundo ele, tais teorias não possuem bases científicas, já que não existem para interpretar fatos, mas apenas para modificá-los, influenciando a população a pensar de acordo com o que eles querem. Isso fica claro no trecho: “O papel da sociologia, desse ponto de vista, deve justamente consistir em nos libertar de todos os partidos, não tanto por opor uma doutrina às doutrinas, e sim por fazer os espíritos assumirem, diante de tais questões, uma atitude especial que somente a ciência pode proporcionar pelo contato direto com as coisas [...]”.

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  8. Durkheim resume o método sociológico em três características principais: independência da filosofia, objetividade e exclusividade sociológica.
    De acordo com o texto, a sociologia deve-se contentar em ser apenas sociologia e não sofrer influência da filosofia, pois, quando ambas permanecem juntas, o sociólogo considera as coisas sociais pelo seu lado mais superficial e geral, buscando semelhanças com outras coisas já existentes no universo. Para compreender o reino social, é necessário abrir mão dessa generalidade e entrar nos detalhes dos fatos, especializando dessa forma a sociologia e fornecendo materiais mais profundos de reflexão. Logo, a sociologia deve-se libertar de pré-conceitos e tornar-se uma ciência que demonstre as instituições em sua complexidade e força.
    A objetividade se caracteriza a partir da idéia de que os fatos sociais são coisas e como tais devem ser tratados. O sociólogo deve seguir os mesmo princípios tanta nas explicações que busca como também na maneira que busca comprovar essas mesmas explicações, ou seja, se a sociologia se resumir em ser um simples sistema de perguntas e respostas, explicar os fatos sociais também se resumirá na busca em encontrar um fator lógico e usar essa própria lógica como prova da sua explicação. Não é isso que a sociologia busca. Ela almeja descobrir os mais profundos segredos, as mais cruas verdades, e dessa forma, sair do superficial, se livrar de noções já estabelecidas.
    Durkheim também afirma que uma ciência só pode considerar-se realmente ciência quando se torna independente de outras doutrinas, pois este é o objetivo: estudar fatos (no caso, sociais) que outras ciências não estudam. A ciência sociológica tem que possuir suas próprias características, para dessa forma, estudar a realidade social e compreender que um fato social é explicado por outro fato social, e assim, sucessivamente.
    Concordo em gênero, número e grau com Durkheim. A sociologia, como ciência, deve buscar a neutralidade e não a influência de outras ciências já existentes. Também não deve se influenciar por lutas partidárias, idéias comuns, pré-conceitos, dogmas religiosos, fatores econômicos, porque dessa forma, ela não estaria explicando os fatos sociais e sim deixando-se explicar por eles.

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  9. Émile Durkheim (15/04/1858 — 15/11/1917) é considerado um dos pais da sociologia moderna. Durkheim foi o fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica.
    Durkheim afirma que o homem só é diferenciado do animal, pois desenvolveu essa habilidade de socialização, sendo a consciência coletiva algo proveniente desta socialização e formada por tudo aquilo em nossas mentes sobre como devemos pensar, ser, sentir, nos comportar. Isto que habita nossas mentes recebeu o nome de "Fato Social" (os verdadeiros objetos da Sociologia) e esses fatos sociais seriam fruto de um comportamento estabelecido pela sociedade, independente de suas vontades individuais.
    Nesta obra, Durkheim define as metodologias de estudo, e, assim, dá a Sociologia sua independência, tornando-a semelhante à que conhecemos hoje. Esta metodologia visava revelar as leis que comandavam o fato social, para desvendar este comportamento estabelecido pela sociedade.
    Durkheim dizia também que a Sociologia deve buscar o fato e não reformá-los (como o comunismo, o socialismo, o individualismo),pois deve ser imparcial e buscar resultados práticos, mas só encontrando tais resultados no final de suas pesquisas, sendo assim, isento de "paixões" (divergindo das multidões) e analisando objetivamente as instituições históricas (Igreja, por exemplo) e tornando possível a compreensão do que é "necessário e de provisório, sua força de resistência e sua infinita variabilidade."
    Concordo com Durkheim, principalmente em relação à objetividade, pois acho que temos que deixar nossas crenças, preconceitos, vontades, "paixões" de lado ao fazer a análise social, porém discordo em relação ao fato social, pois acredito que além de sermos influenciados pela sociedade, influenciamos também a sociedade.

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  10. Durkheim inicia seus estudos determinando o que são fatos sociais, que engloba o conjunto de valores, costumes e crenças a qual somos submetidos pela sociedade. Eles são propriedades marcantes de existir fora das consciências individuais e vem com o poder coercivo. Por mais que na maioria das vezes essa coerção não seja sentida pelo indivíduo, ela existe, e quando tentamos reagir contra regras consolidadas dentro da sociedade ela se mostra contra nós. Os fatos sociais também se manifestam através da natureza coletiva ou um estado comum a um grupo. A sociedade nos obriga a viver de acordo com seus costumes, pois quando resolvemos repudia-lo somos aceitos como estranhos, já que estamos agindo foras de seus costumes . Hoje em dia ninguém contesta a sociedade a ponto de rompê-la, pois a própria sociedade acaba se adaptando a mudanças quando lhe convém.
    É através da educação que as pessoas se tornam seres sociais, as crianças, por exemplo, são seres “incompletos” e com a educação se tornam seres sociais . É uma ilusão acreditar que cada um pode criar seus filhos com os costumes que quiser, pois ele tem quer ser aptos a viver na sociedade que o rodeia. Então todos acabam sendo obrigados a se conformar e aceitar os costumes. Cabe ao Estado prover a educação pública fiscalizar a iniciativa privada que ocorre paralelamente para que possa zelar com a moral democrática
    Todo indivíduo possui uma consciência individual e uma coletiva. A coletiva equivale ao conjunto de crenças e sentimentos comuns aos membros de uma mesma sociedade, e a individual equivale a individual que são as coisas pessoais de cada um de nós. Essas duas consciências são ligadas uma a outra, pois elas ligam o indivíduo com a sociedade.
    Há também dois tipos de solidariedade, a mecânica, mais simples que não tem uma diferenciação de seus indivíduos, todos tem os mesmos costumes , há pouca divisão de trabalho e a consciência coletiva predomina , e a orgânica , mais complexa , onde o indivíduo depende da sociedade , porque depende das partes que a compõem , há maior divisão de trabalho, cada um possui uma esfera própria de ação e consequentemente uma personalidade.

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  11. Émile Durkheim se considerava o pai da sociologia, sociologia é a ciência dos fatos sociais. “É fato social toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, toda maneira de fazer que é geral na extensão de uma sociedade dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independente de suas manifestações individuais”. Caso um indivíduo tente a se opor a uma destas manifestações coletivas, pode perder seu “lugar” na sociedade.
    A sociedade cria no indivíduo o ser social. Que é um sistema de idéias, sentimentos e hábitos, que exprimem em nós, não a nossa individualidade, mas o grupo ou os grupos diferentes de que fazemos parte; tais são as crenças religiosas e as práticas morais, as tradições nacionais ou profissionais, as opiniões coletivas de toda espécie.
    Para Durkheim a educação era de fundamental importância, pois ela tinha como objetivo preparar as gerações futuras, que ainda não se encontram preparadas para a vida social, ensinando a criança estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade. A educação era um dever do Estado. Assim como era seu dever, segundo Durkheim, punir todos os indivíduos que quebrassem com as regras, o Direito, estabelecido pela sociedade.
    A sociologia deveria se emancipar da filosofia, deveria ser uma ciência distinta e autônoma, o era necessário ao sociólogo, o sentimento da especificidade da realidade social, pois somente uma cultura especificamente sociológica é capaz de levá-lo a compreender os fatos sociais.

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  12. Durkheim ao tentar justificar as características de uma sociedade complexa cria o termo fato social. Que define-se como “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manisfestações individuais que possa ter.”
    Sendo assim, o autor afirma que todos os eventos da sociedade, mesmo o que poderia ser considerado como características individuais, acabam por ultrapassar o subjetivo de um indivíduo para na verdade expressar características de uma sociedade particular.
    Dessa forma, é possível na visão de Durkheim moldar essa sociedade em um tipo que seria considerado ideal. Nessa tentativa, podemos ver dois órgãos responsáveis, que na visão do autor devem ser movidos pelo Estado, são esses a Educação e o Direito. Sendo que o primeiro, deve ser passado para as novas gerações de forma universal, pregando quais são as ações esperadas de um indivíduo, enquanto o Direito deve através do exemplo dado pela punição a aqueles que desrespeitam os padrões dessa sociedade, ditados por regras explícitas. Em suma, o Estado extingue o que o autor chama de anomias, que são as ações consideradas doenças para a sociedade e que podem de alguma maneira desestruturá-la.
    A sociologia é então, a forma utilizada para analisar essa sociedade através desses fatos sociais, já que todos os fenômenos podem ser explicados por estes. (fatos sociais justificam fatos sociais), de maneira que seja livre de pré noções e julgamentos de qualquer outra ciência, deve ser neutra.

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  13. O francês Émile Durkheim (1858-1917),fundador da escola francesa de sociologia posterior a Marx, teve o seu auge intelectual entre o fim do século XIX e início do século XX, momento que os estudos sociais estavam em seus maiores valores devido as tentativas de explicações por grandes pensadores como Karl Marx e Augusto Comte.
    Durkheim apareceu um pouco depois desses dois grandes pensadores, e, ao contrário desses, não acreditava ser possível explicar todas as minuncias das relações sociais por grandes esquemas teóricos que englobavam tudo. Acreditava que era necessário “dividir” as situações e estudar. Foi o grande organizador da sociologia que acreditava ser independente de toda a filosofia, a única coisa que ele precisaria era do princípio da causalidade; além disso ela possue um método objetivo, ou seja, os fatos sociais são coisas que se explicam por outros fatos sociais; também trabalha com o conceito de que os fatos sociais são coisas sociais.
    Criticando os dois grandes sistemas propostos, Positivismo e o Marxismo, Durkheim dizia que o Positivismo, particularmente, tinha uma idéia um pouco abstrata sobre a realidade social quando dizia essa ser a humanidade, colocando todas as particularidades de todos os indivíduos dentro desse grupo subjetivo. Já a sua crítica ao Marxismo se refere ao fato de de ter colocado as relações ligadas as relações econômicas, pois para Durkheim elas não podem explicar totalmente as relações sociais, pois quando se analiza é possível perceber que o mercado desagrega ao passo que a sociedade agrega, ou seja, as relações de produção não dão conta de explicar a sociedade que tem relações aos vínculos entre as pessoas ligadas de forma solidária, ao contrário do modelo de Marx que divide as relações entre explorador/explorado, resultando na desagregação.
    Para Durkheim é preciso explicar a sociedade com fatos sociais, estudá-la como uma coisa pertencente ao mundo, uma coisa social. Para ele é natural vivermos em sociedade, querendo ou não a sociedade não é psicológica. Existe uma extrutura posta em todos que é precedente a existência da sociedade, e essa é a capacidade de pensar, agir, entre outras coisas de todos os humanos, as relações sociais são dadas e as idéias também, e são elas que exercem pressões externas sobre nós. Uma boa definição de fato social dita pelo próprio Durkheim em sua obra “As Regras do Método Sociológico”, é essa: “É o fato social toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, toda a maneira de fazer que é geral na extensão de uma sociedade e, ao mesmo tempo, possui como existência própria, independente das manifestações individuais”.
    Toda a estrutura desses fatos sociais precisam ser garantidas pela educação que vai encinar aos seus alunos as formas permitidas e esperadas, então, o papel central da sociologia é o de tentar estudas esses fatos sociais, estabelecer uma relação de causalidade entre os fatos, que estão todos associados. Atravéz das ecolas e também das leis é que as pessoas vão aprender a ter atitudes de agregação pois a sociedade é importante para o indíviduo se sentir realizado e então as relações sociais são facilitadas pos esses fatos sociais pré-estabelecidos. Durkheim tem um papel importantíssimo para o que viria se tornar os estudos sociais da atualidade, passa a criticar os grandes sistemas propostos por Comte e Marx e inícia a crucial importância da especificidade da ciência social.

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  17. Durkheim (1858-1917).Nasceu na Alsácia-Lorena, região ora francesa, ora alemã, conforme o vencedor da guerra anterior.
    Durante seu período de vida, a Europa gozou de relativa paz. Guerras curtas e limitadas, sem alterar fundamentalmente o rumo da história européia. A despeito da paz aparente, as sociedades européias também estavam atravessando uma fase de profunda mutação.
    Para Durkheim, o tema fundamental de reflexão era o das relações entre religião e ciência. As ciências apresentavam um modelo de pensamento rigoroso e eficaz. Contudo, enquanto sociólogo, chegou à idéia de Comte de que as sociedades só conseguem manter a sua coerência por meio de crenças comuns, de ordem transcendente, que estavam abaladas pelo desenvolvimento do pensamento científico. Acreditando, como sociólogo, que a religião tradicional não atendia mais às exigências daquilo a que se chamava espírito científico, considerava que a sociologia deveria servir para fundamentar e reconstruir uma ética que atendesse às exigências do espírito científico.
    Positivista, como Comte, deseja uma explicação científica para o fato social. Exige que o pesquisador (sociólogo) mantenha distância do fato social, a fim de garantir a neutralidade, isenção e objetividade dos eventos observados. Esse tipo de sociologia é denominada pelos teóricos de sociologia descritiva (só narra, levanta os acontecimentos, analisa, nunca intervindo).
    Durkheim é o formulador do conceito de coerção social, segundo o qual, as maneiras de pensar, de agir e de sentir são impostas às pessoas.
    Os objetos de estudo de Durkheim são: o suicídio, a religião e a criminalidade. Opera com valores.
    Durkheim definia como consciência coletiva o conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade e que forma um sistema determinado com vida própria.(são os costumes, tradições, religião, padrões de comportamento, regras de conduta, etc).
    Do conceito anterior deriva a divisão:
    solidariedade mecânica é aquela que predominava nas sociedades pré-capitalistas, onde a consciência coletiva exerce todo o seu poder de coerção sobre os indivíduos;
    solidariedade orgânica é aquela típica das sociedades capitalistas, onde através da crescente divisão do trabalho social, os indivíduos se tornam interdependentes. Aqui a consciência coletiva se afrouxa, provocando uma maior autonomia individual ou pessoal, que podemos denominar de consciência individual.
    Como a solidariedade mecânica precedeu à solidariedade orgânica, o indivíduo nasce da sociedade, e não o contrário.
    Define fato social como “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo, uma coerção exterior,.....”. Fato social é a coisa social. Fatos sociais se explicam por outros fatos sociais. É essencial ao processo o princípio da causalidade.
    Seus trabalhos mostram sua participação objetiva não apenas na Sociologia, mas também nas discussões sobre o período histórico em que viveu.

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  18. A Sociologia é o empreendimento humano que tenta desvendar um mundo aparentemente já conhecido. As leituras do começo do séc. XIX tentaram dizer como essa realidade deveria ser. Foram grandes sistemas para harmonizar as relações humanas.

    Émile Durkheim rompe com essa lógica. Seu livro, “As Regras do Método Sociológico”, simplifica a discussão da Sociologia. Para Durkheim, a Sociologia deve emancipar-se e cristalizar-se numa ciência autônoma, distanciando da Filosofia e Psicologia da qual estava vinculada. Com a perspectiva metodológica do positivismo, Durkheim entende que o conhecimento sociológico deve advir da observação e da experiência, em outros termos, a “subordinação da imaginação à observação” presente nas Ciências Natural também se aplicam nas Ciências Sociais. Então, Durkheim especifica o objeto a ser estudado pela Sociologia, é algo observável, é uma ‘coisa’, possui uma natureza própria – são os fatos sociais. Os fatos sociais são as forças coercitivas presentes no coletivo, possuindo uma consciência própria, modelando o indivíduo e explicando-o.

    Durkheim faz uso de uma abordagem analítica para especificar e esclarecer o estudo da Sociologia. A Sociologia durkheimiana é descritiva-explicativa, partindo para a distinção do comportamento social normal em relação ao ‘patológico’.
    Durkheim desconsidera perspectivas teóricas conjeturando realidade subjacente e não observáveis a priori. Durkheim opta por explicar os indivíduos e não compreender/interpretar a realidade humana, procurando o seu sentido.

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  19. Chegamos na encruzilhada da aula passada. O que é melhor: o esforço interpretativo da hermenêutica que teoriza uma realidade ampla e desconhecida antes da investigação ou a postura analítica que explica e especifica os fenômenos estabelecendo relações de causalidade através da constância observada?

    Respondendo: as duas e nenhuma das duas. O que tem ocorrido nas Ciências Sociais hoje em dia é a síntese da teorização com métodos empíricos (tipicamente estatísticos). Empirismo sem reflexão seria meramente descrição social. Reflexão sem empirismo obscureceria as pesquisas não as especificando. Quadrimestre passado vimos como o teórico da Poliarquia, Robert Dahl, adequou as teorias democráticas ás discussões empíricos-descritivos sobre democracia. Outro exemplo, eu lanço a teoria de que, independente do resultado de hoje, o Corinthians é freguês do Palmeiras, especifico e corroboro a teoria com método empírico (estatística) - são 119 vitórias palmeirenses contra 113. :)

    Não sei se resolve isso definitivamente o embate das posturas, mas por outro lado hoje é possível fazer com que as tradições sociológicas conversem. É como se Comte, Marx, Durkheim e Weber estivessem num bar bebendo e trocando idéias (E vcs sabem que franceses e alemães não se socializam mto, 1ªGM, 2ªGM...). Comte vira pra Marx e diz: “Ei, Barbudo, mostre-me, eu quero observar que a história é uma perpétua luta de classe...”. Marx responde: ”Ahh, cala boca, eu enfiei aquilo goela abaixo assim como você enfiou aquela Lei dos 3 estados...”. Durkheim fala para Weber: ”O que me importa são as ‘coisas’, as ‘coisas’ são observáveis, as ‘coisas’ é que te carregam, entendo as ‘coisas’ entendemos a pessoa”. Weber : “Mas que relação, ação, motivação, interação eu tenho com essas ‘coisas’? Sei não você, hein Durkheim...”
    Enfim...Já posso pegar meu Nobel?;)

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  21. Émile Durkheim estuda a sociedade como um ser “sui generis”, ou seja como um organismo que age por força própria. O autor cria o papel do sociólogo à partir do momento que estabelece como a principal função de quem estuda Sociologia analisar os mecanismos de funcionamento do organismo social.
    A sociedade pode ser então explicada através dos fatos sociais (principal objeto de estudo da Sociologia) que considerados resumidamente são o conjunto de valores, costumes e crenças que exercem sob a consciência individual uma coerção que a submete a um determinado comportamento que é externo e anterior a existência do próprio indivíduo.
    Sendo então que quando observada como um organismo, a sociedade possui órgãos que desempenham funções mais necessárias à vida do que outros. Onde o Estado é o órgão regulador que age através da educação e do direito. Para Durkheim a educação tem a função de transmitir as gerações mais jovens os valores, costumes e moral previamente estabelecidos pela sociedade, moldando o ser individual, de modo a inseri-lo na consciência coletiva. Já o direito determina as regras que devem ser seguidas e a devida punição a infratores destas regras.
    O comportamento movido pela ausência de normas e regulação moral é encarado pelo autor como um comportamento doentio denominado como anômico .Quando a anomia se instaura no organismo social ela precisa ser expulsa por seus substratos. Expulsão dada pela punição que não ocorre apenas pela lei como também pelos olhares que refletem a estranheza moral da sociedade que discrimina determinada pessoa de forma a impossibilita-la de relacionar-se com outros.
    Durkheim deseja atribuir a Sociologia o caráter de ciência independente desvinculada de ideologias. As Ciências Sociais podem ser observadas assim como outras ciências pela causalidade gerada através dos fenômenos sociais, atribuindo a ela portanto um caráter objetivo, tendo que determinados fatos sociais podem ser explicados através de outros fatos sociais. Objetividade que também pode ser observada na neutralidade desta “nova ciência” apartada dos pontos de vista. Apartamento expresso pelas palavras do autor no seguinte enxerto: […] “ Pois, enquanto permanecer misturada às lutas dos partidos, enquanto se contentar em elaborar, com mais lógica do que o vulgo, as ideias comuns e, por conseguinte, enquanto não supuser nenhuma competência especial, ela não estará habilitada a falar suficientemente alto para fazer calar as paixões e os preconceitos”[...].

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  22. Como já foi citado , Émile Durkheim é considerado o pai da sociologia moderna, e isso se deve em larga escala à atenção que o filósofo deu aos problemas metodológicos que envolvem as ciências sociais. Ele foi o primeiro a tratar a sociologia como ciência , aplicando “pesquisas empíricas com a teoria sociológica” e separando-a das demais áreas de estudo das ciências naturais e da filosofia, já que por esta a sociedade seria vista de maneira geral , e alguns de seus aspectos próprios mais importantes não teriam sua relevância notada.
    Após fazer tal separação, Durkheim passou a analisar a sociedade por meio dos fatos sociais. Por sua concepção o “fato social” é aquilo que rege a maneira de vestir, falar , se comportar e etc , dentro de uma sociedade. O fato social pertence ao “ser coletivo”, que está encarnado na consciência particular , mas que está acima do individuo ,ou seja, independe de sentimentos ou vontades individuais e ao qual todas as pessoas devem seguir para se enquadrar no grupo .
    O que me chama mais atenção nesse ponto do pensamento de Durkheim é a importância que ele atribui ao sistema educacional, como é colocado em um dos vídeos. É por meio da educação que as crianças desde que iniciam seu processo de interação com o mundo, aprendem o “fato social”, o desejo de se enquadrar faz com que elas aprendam determinadas condutas que constituem a base de suas futuras ações, posturas e entendimento da realidade. Esse grande potencial da educação, foi, em minha opinião , muito bem utilizado por Durkheim, pois ela é de fato a maior formadora de opinião ao longo da vida do indivíduo e se bem direcionada, pode ser o agente condutor da sociedade , tanto do “ ser coletivo” quanto das opiniões e anseios pessoais. Também acho válido destacar a conclusão a que Durkheim chega a respeito do pensamento marxista, pois apesar de concordar que a economia é muito influente , acredito que ela não seja o motor de todos os aspectos da sociedade, e esta não poderia se moldada ou consolidada apenas por meio do mercado e do capital.

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  23. De acordo com Emile Dutkheim, o fato social é imposto ao indivíduo de uma maneira externa, como outros indíviduos ou instâncias.
    O sistema educacional tem um papel importantíssimo pois é o lugar onde o jovem é apresentado às orientações impostas pela sociedade. Tendo a educação como formação de cidadãos disciplinados dentro da sociedade, mas não submissos.
    Durkheim dicordou de Marx, afirmando que a economia dissolvia a sociedade, e não a integrava. A solidariedade seria a formadora de laços entre os indivíduos sociais.

    Me sinto próximo de Durkheim sobre o quesito educação. Ela é a formadora da sociedade, é o ambiente em que cada indivíduo constrói seu caráter e moralidade de uma forma mais adequada perante à sociedade.

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  24. A sociologia é uma ciência segundo Durkheim – física social. Independente de toda filosofia, tem métodos objetivos. E como uma ciência, tem um objeto de estudo: os fatos sociais. Em linhas gerais, fato social é o conjunto de valores, costumes e crenças o qual somos submetidos. É externo aos indivíduos, existe independente da minha vontade, imposto a eles, tem características coercitivas. Um bom exemplo é a moeda que usamos no nosso país, se eu resistir ao uso da mesma, encontrarei muita dificuldade em me relacionar com a sociedade, em conseguir dela o que preciso, como se fosse uma punição por resistir ao fato social. A roupagem também exemplifica muito bem, se em um dia normal, eu comparecer a faculdade em trajes de banho, todos irão me repreender com olhares diferentes, estranhando minha atitude, o que levaria ao meu constrangimento. Os fatos sociais são coercitivos pois levam o indivíduo a se moldar segundo os parâmetros impostos pelo grupo social no qual está inserido, é um processo inconsciente que estamos sujeitos desde o momento que nascemos na sociedade, seja pelos nossos pais, pelo nosso bairro, cidade, na escola (a educação é uma importante ferramenta regular, controlar e moldar o comportamento individual). Tais fatos estão tão inseridos nas nossas vidas que passam despercebidos, fazem-nos ver os processos coletivos aparentemente harmônicos e estáveis. E quanto mais submetidos somos à eles, maior nosso engajamento social nas atividades sociais.
    Para Durkheim, o indivíduo, não deve ser tomado como ideal para a análise da Sociologia, e sim, o foco no indivíduo em um contexto de realidade de convívio social, para caracterizar o ser grupal e em coletividade.

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  25. Émile Durkheim trata, em "As regras do método sociológico", a sociologia como separada da filosofia e psicologia; foi o que, a princípio, me chamou atenção, uma vez que não consigo imaginá-las "em uma só".
    A partir daí, Durkheim conclui "As regras do método sociológico", com a questão da sociologia como ciência, sendo tratada empíricamente, assim como as outras questões científicas; tratando como objeto dessa ciência, o "fato social", e diz ser a sociologia não ciência para 'reformar' esses fatos sociais, e sim exprimi-los
    Achei interessante o trecho em que o autor cita: "Ela [a sociologia] ganhará assim em dignidade e em autoridade o que perderá talvez em popularidade", afinal, as "ciências sociais" haviam se vinculado aos partidos, às ideias comuns, e adotando esse método, podiam perder essa popularidade, mas, em sua visão ganharia em "dignidade e em autoridade".
    Em relação a educação (que talvez tenha sido fator comum em 90% dos posts anteriores), acredito que, realmente, esta deriva de diversos fatores da sociedade, e não só da escola; educação, além de ser um termo extremamente amplo, é (ao meu ver) o tema mais delicado e necessitado a ser tratado pelas ciências sociais.
    (O post acaba ficando confuso quando muitos pensamentos emergem ao ler as postagens anteriores.)

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  26. Em primeiro lugar, acho válido ressaltar que, apesar de ter escrito em outras épocas, é impressionante como Durkheim pode ser considerado atual.
    A universalidade de sua obra é nítida quando se trata da educação, onde esta recebe papel central, e é fundamental para o bom funcionamento da sociedade. As crianças aprendem a seguir regras e, mais que isso, entendem que as regras devem ser seguidas - vale lembrar que, para Durkheim, o homem tem necessidade de se relacionar e ser aceito na sociedade; portanto, o seguimento das "normas" é fundamental.
    Além disso, a criação de uma ciência que estude a sociedade, e a expressão "fato social" e tudo que ela significa, são revolucionárias.
    Durkheim analisou, como nunca antes havia sido feito, características nas relações humanas, e no funcionamento da sociedade - por isso é considerado, por muitos, como "Pai da Sociologia".
    Por fim, outro ponto que chamou minha atenção foi a "crítica" feita a Marx (segundo vídeo), onde ele condena a tentativa de "encontrar na economia a explicação para o modo como a sociedade se organiza."

    -
    Professor, peço desculpas caso meu comentário, em algum momento, tenha se assemelhado a outro comentário já postado aqui. Não leio os comentários dos outros alunos antes de postar o meu, pois acredito que isso atrapalharia na formulação e elaboração das minhas idéias.

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  27. Independência. Se pedissem a Durkheim uma palavra apenas para definir a relação da sociologia com a filosofia e a política, com certeza, seria 'independência'.
    “Sociologia é a ciência dos fatos sociais.” Fatos sociais para Durkheim são todos os fenômenos (de maior ou menor intensidade) que ocorrem em uma sociedade e subtendem os seus membros independentemente da vontade dos mesmos. São formas de agir, pensar e de sentir que se impõem aos indivíduos como algo exterior, pois não são conhecimentos inatos, e que exercem algum tipo de coerção. As leis, de forma geral, são fatos sociais, e quem se dispor a descumpri-las, corre o risco de ser ignorado pela sociedade, ser afastado dela. Assim o Estado elimina as “anomalias”, ações consideradas doenças, que podem, de alguma maneira, desestruturar a sociedade.
    A educação exerce papel fundamental nessa concepção de Durkheim pois ela ensina valores sociais aos seus alunos, principalmente na fase infantil, onde as crianças ainda não são “seres sociais”. A educação, por si só, também é um fato social.
    Durkheim considera o homem um ser social, que realiza o seu “espírito de adesão ao grupo” ao se integrar em um coletivo a qual se identifica e que gosta de fazer parte dele.
    Acima de tudo o cientista social deve ser objetivo e não deixar-se influenciar por outras ideologias e/ou outras formas de pensamento. Objetivando assim, estudar a realidade social de uma forma diferente e neutra das demais ciências, estudando-a com uma linha de pensamento de que um fato social deriva de outro. É o príncipio da causalidade que também poderia ser aplicado na sociologia de Durkheim.

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  28. Podemos ver na obra de Émile Durkheim, que se auto-intitula o criador da sociologia, uma análise profunda e sensacionalmente genial sobre a sociedade. Mostrando uma visão totalmente diferente daquilo que, tanto as pessoas de sua época como as de hoje, costumam ter. Ele cria o termo “Fato Social” que define todas as normas criadas para exercer sobre o individuo uma COERÇÃO para que ele se mantenha dentro dos parâmetros da sociedade, onde a instituição responsável por apresentar isso às pessoas seria a escola, onde elas aprenderiam desde pequenos o que se deve fazer e como se deve pensar. Que essa idéia de Durkheim é magistral e totalmente fundamentada não há dúvidas, porém, cabe a mim, como idealista e humanista convicto que sou, fazer uma pequena critica a sua obra. Vejo a idéia de que a sociedade é estabelecida pelas instituições e não pelos indivíduos, e as vontades pessoais não são capazes de mudar as estruturas é um tanto pessimista e dá ao ser humano uma sensação de impotência perante os fatos. Pois o pensamento de que as instituições só mudam se quiserem que assim seja faz com que não tenhamos o desejo de tentar transforma-la então. Mas, o meu pensamento é irrelevante, afinal eu sou só mais um estudante universitário tentando ser intelectual...

    *Desculpe pelos minutos de atraso professor,tive um pequeno problema de horário...

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  29. Durkheim em “As regras do método sociológico” desenvolve seu foco principal nos estudos sociológicos: O Fato Social, que segundo ele é:” toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, toda maneira de fazer que é geral na extensão de uma sociedade dada e , ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independentes nas manifestações individuais.”
    O autor sofre influências positivistas e entende a sociedade como “suigeneris”, como um ser vivo.
    Para Durkheim a sociologia é independente de toda a filosofia, tem método objetivo, os fatos sociais são coisas que se explicam por outros fatos sociais e trabalha com conceitos de coisas, fatos sociais são coisas sociais. Para ele as relações sociais agregam enquanto as relações econômicas desagregam os indivíduos em uma sociedade. O marxismo interpreta a sociedade através das relações de produção, relações que desagregam a sociedade, separam entre burguesia e proletariado, explorado e explorador, não dando a devida interpretação à sociedade. Durkheim utiliza um objeto abstrato no lugar das relações econômicas, está ainda na fase metafísica, diferente do dito por Comte.
    Durkheim divide a educação em duas, uno (comum a todos) e múltipla (específica). A uno é a educação que todos devem receber, é a consciência coletiva, como no Brasil por exemplo a língua portuguesa, que todos devem aprender, é no fim um mais um fato social imposto pela sociedade, o indivíduo necessita do conhecimento da língua para se inserir nessa sociedade. A múltipla é o que de certa forma diferencia os indivíduos, e que a sociedade não impõe a todos, por exemplo a engenharia mecânica.
    Para Durkheim outro importante fator social é a moral, diz que: “ A sociedade é a grande entidade moral. É ela responsável pela construção e pelo acréscimo do legado de cada geração, ligando uma a outra.”
    Já o Estado deve prover a educação pública, fiscalizar a iniciativa privada que corre paralelamente e zelar pela divulgação e defesa da “moral democrática”.
    Concluindo para Durkheim o ser individual é maleável, sofrendo a influência dos diversos fatos sociais, e a educação tem o dever de guia-lo.

    -Professor peço desculpas pelo atraso, o motivo foi que acabei realmente deixando para o último dia, no domingo, com a intenção de ter alguns comentários para comparar minhas idéias, só que tinhamos prova na segunda e tinha que estudar no domingo portanto acabei realmente esquecendo, além de que trabalho em alguns domingos o que também acabou me atrapalhando.

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  30. Sobre o texto "As regras do Método Sociológico " de Emile Durkheim a parte do texto que mais me chamo a atenção foi a explicação sobra fato social, que explica que numa sociedade existem algumas regras que não são escritas numa constituição mas sim vividas(implícitas e impostas pela sociedade), além de que os indivíduos são sistematizados a elas desde pequenos como constatei de acordo com o texto: " Desde os primeiros momentos de sua vida, forçamolas a comer, a beber, a dormir em
    horários regulares, forçamo-las à limpeza, à calma, à obediência; mais tarde,forçamo-las para que aprendam a levar em conta outrem, a respeitar os costumes,as conveniências, forçamo-las ao trabalho, etc., etc" . O que realmente é interessante é que algumas delas como por exemplo como se vestir , em caso do indivíduo não se adequar a p´ropria população exercerá uma ''punição'' ou dara "alertas" para que haja uma mudança de comprotamento .
    Aquebra de algumas destas regras criam situaçõem que podem isolar um indivíduo , apesar de estas regras implícitas não impedirem que o indivíduo não as siga, como por exemplo um brasileiro vivendo no brasil decidir somente se comunicar em russo ou alguém usar medidas antiquadas de produção em uma fábrica atual .
    Pude concluir que mesmo que estas regras não sejam formalmente escritas elas são impostas pelo conjunto social , estas características podem ser de serta forma associadas a expecidade celular , aond as células que estão vivendo em conjunto em um lugar começam a se expecificar para uma determinada função para o benefício do grupo que caso uma dessas células seja retirada do grupo esta perecerá.

    *Desculpe pelo atraso na postagem, o atrazo foi devido ao fato de deixar para ultima hora de domingo e devido a prova de segunda foi postergado para segunda e a problemas técnicos segunda feira .

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  31. MEU COMENTÁRIO DE 24/10 ÀS 23:57 FOI APAGADOOOOOOO!!!!

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  32. Professor,

    Dia 25/10 realizei uma postagem por volta das 15:00, mas quando fui verificar meu comentário não estava mais no blog.

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  33. Este comentário foi removido pelo autor.

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  34. A partir da reflexão de Émile Durkheim sobre a interação social, dos vídeos apresentados da Univesp TV que expunha a opinião de Gabriel Cohn sociólogo que defende a idéia de que a concepção de sociedade durkheimiana está relacionada com o fato social e a solidariedade; e também por meio do debate realizado em aula, é possível perceber que o autor tinha como objeto de estudo o fato social, a submissão e a coerção de um indivíduo inserido em uma realidade social, caracterizando o grupo, ou seja, o espírito coletivo. Durkheim tem um cuidado especial ao analisar os meios pelos quais essa coerção e o Estado contribui para controlar e “arquitetar” o comportamento individual e assim garantir uma convivência estável e passível.

    Durkheim é considerado por muitos o pai da sociologia, isto porque ele foi o primeiro a se interessar e estudar os fatores que levam uma pessoa a se adaptar e aceitar alguns parâmetros que geralmente são cobrados por um determinado grupo social e também por enxergar o indivíduo como o substrato através do qual a sociedade se manifesta, ou seja, sem as pessoas não há sociedade. A participação do indivíduo nas atividades sociais determina o maior ou menor empenho do mesmo, além do que esses princípios e essas crenças já estão formulados antes do indivíduo nascer e é mediante a esse processo de integração nos padrões estabelecidos que se obtêm os valores morais, psicológicos, hábitos e a cultura adquiridos durante a construção do perfil da sociedade.

    A perspectiva durkheimiana é o pensamento coletivo e não individual, pois o Estado, regulador da sociedade, impõe normas para que desde crianças os indivíduos saibam reprimir seus desejos individuais, superando qualquer tipo de conflito para assim possibilitar a convivência do homem em sociedade. O processo educacional é responsável por formar o ser social por intermédio de regras e maneiras de ver, sentir e agir às quais as crianças não chegariam sozinhas, por isso é preciso agentes: o Estado, a família, os professores, o bairro ou município, a escola que freqüenta, dentre outros e ao assistir a matéria da Univesp TV, percebe-se que as crianças são treinadas a ter comportamentos comuns a todos: estabelecer hábitos higiênicos, ser calmas e obedientes e também são obrigadas a pensar e respeitar os colegas, tudo isso de forma inconsciente.

    Verifica-se que em um mesmo ambiente social existem grupos diversificados, com ideologias diversas, porém que convivem dentro da mesma cultura, o que acontece é que algumas pessoas procuram sempre relacionar o comportamento do grupo ao seu sistema individual de crenças. De acordo com Durkheim quando isso não ocorre, o indivíduo entra em conflito com os processos sociais coletivos, ou seja, infringe as normas estabelecidas pela legitimidade do Estado. O fato social é algo coletivo que está ligado aos processos culturais e costumes coletivos de uma determinada sociedade, que serve de controle para as atividades individuais que, em princípio, não causam desarmonia na convivência das relações individuais.

    Para concluir e aprimorar a visão de Émile Durkheim (1858-1917) sobre a sociedade moderna, recomendo o texto: “Alienação, anomia e racionalidade – como processos inevitáveis do capitalismo industrial” (mimeo), s/d de Larissa Pelúcio que mostra não só a definição de anomia, como também expõe de maneira clara as idéias de Karl Marx (1818-1883) sobre a alienação do homem à máquina e de Marx Weber (1864-1920) sobre o desenvolvimento do capitalismo que caminhava para uma racionalização crescente. Acredito que algumas pessoas tiveram acesso a leitura do mesmo já que utilizamos na disciplina de Estrutura e Dinâmica Social no quadrimestre passado.

    *Desculpe pelo atraso, as razões estão no email que encaminhei para o senhor.

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  35. Este comentário foi removido pelo autor.

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  36. Tem um bug rolando no Blogspot, dependendo do quão grande for a postagem ele apaga, tá assim desde o dia 23. Apagou duas vezes a minha postagem.

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  37. Primeiramente gostaria de pedir desculpas pelo atraso de minha postagem, tive problemas com a internet aqui em casa e só no final de terça feira que eles foram resolvidos.

    Sobre o Texto:

    Relacionei-me bastante com a descrição de sociologia feita por Émile Durkheim,sua ideia de que a sociologia pode ser transformada numa ciência como as outras é muito interessante,e se for alcançada poderá trazer grandes benefícios para as sociedades que a utilizar.O seu título de "pai da sociologia" não foi adquirido por engano,sua metodologia permite uma análise mais abrangente da sociedade com resultados mais claros de como e porque o individuo interage na sociedade que vive.
    Para Durkheim a sociedade é um fator coercivo, diferentemente da ideia de que o Karl Marxs propõe, onde a sociedade por estar baseada numa forma capitalista, esta assume uma postura de divisão e separação dos indivíduos nela presente. A sociedade age de forma independente nas ações dos indivíduos, enquadrando toda as pessoas numa certa forma de ser (educado,trabalhador,ajude os outros,etc), impõe idéias como a da família, amigos e trabalho. Qualquer tentativa que alguém imagine de sair desta forma já esta prevista na sociedade, e mesmo assim, estes que saírem da norma de alguma forma que seja vista prejudicial para outras pessoas, serão penalizados pelo Estado.

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  38. Professor, peço desculpa pela demora na postagem; eu já ia, naturalmente postar atrasado, devido a problemas que tive semana passada com relação à moradia etc, mas ontem tentei postar e não consegui, só hoje foi possível.
    Obrigada.

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  39. Emile Durkheim, no conjunto de sua obra, tenta demonstrar os laços que ligam os seres sociais, as formas de relação entre os mesmos e desvenda a essência da manutenção de tais laços e relações. Dirigindo essa questão encontra-se a sociologia. No cerne de toda a movimentação humana, os fatos sociais influenciam o sistema social. Cada indivíduo além de reagir a cada um desses fatos, também é um desses fatos sociais influenciadores. A educação que já se recebe desde a infância na escola é essencial para o desenvolvimento da sociologia pois já prepara o indivíduo para seguir regras e sofrer penalidade caso as descumpra. Para Durkheim, o poder legislativo funciona como área de discussão, onde novas ideias serão colocadas em pauta e analisada por várias instâncias da sociedade, podendo ser acrescentadas às regras de determinado sistema social.

    Esse texto é só para suprir o misterioso desaparecimento do antigo, deixo claro, de qualidade superior, postado às 23:57 de 24/10/10.

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  40. professor, devido a alguns problemas não consegui postar o texto antes, e inclusive lhe comuniquei que estaria postando o texto fora da data, espero que meu texto seja validado ainda.

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  41. Émile Durkheim nasceu na França em 1858, e é tido como um dos pais da sociologia moderna.
    Pra consolidar suas idéias, ele partiu da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", nos dando uma definição do normal e do patológico aplicado a cada sociedade. E para ele a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível e para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros.
    Ele parte do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem que só se tornou Humano porque se tornou sociável, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste. Esse processo Durkheim chamou de socialização, e os objetivos de estudo da sociologia seria os chamados “fatos sociais” que nada mais eram que tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser, sentir e nos comportar.
    Nas palavras de Durkheim, “a educação tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança, estados físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto”.

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  42. https://docs.google.com/document/d/1__QOzQKcDkYrBnljbMNDtWubTs8_uvXn3MtQ4pbPeRw/edit?hl=en
    Professor, aí está. Acho que te mandei esse texto por e-mail, mas para garantir, aí está.

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