segunda-feira, 8 de novembro de 2010

13. TEMA 8 - "CIÊNCIAS NATURAIS E SOCIAIS"

Caros alunos,

Após ler o texto “O Significado da Tradição Humanística para as Ciências do Espírito” (PP.39-47) “ em “Verdade e Método” de Hans G. Gadamer (disponível em: ( http://www.filestube.com/v/verdade+e+m%C3%A9todo+download ), elabore um breve comentário e envie para postagem, até o dia 14 de novembro.

EXAMINE O MATERIAL DISPONÍVEL EM:

http://www.youtube.com/watch?v=rbcLSmXzwds

17 comentários:

  1. Jeremy Bentham e John Stuart Mill, expoentes do Utilitarismo, formularam uma grandiosa sistematização do comportamento humano, o que acabou culminanando no positivismo jurídico. Por trás dessa sistematização estava o método e a lógica da indução, reconhecendo regularidades e uniformidades para a composição de leis que irão sugerir previsibildade no “espírito humano”.Hans-Georg Gadamer e sua filosofia hermenêutica problematizam essa tese. As “ciências do espiríto”, analisando processos sociais-históricos e até artísticos, precisam mais do que mera observação e catalogação.

    No capítulo proposto de “A Verdade e o Método” Gadamer investiga pensadores que pontuaram as diferenças, quanto a métodos e posturas, entre as “ciências do espírito” e as ciências naturais. Com Hermann von Helmholtz, Gadamer destaca as sensibilidades diferentes da ciencia social e da ciência natural: “... o procedimento conclusivo das ciências do espiríto é um concluir inconsciente... Ela exige uma espécie de senso do tato, e para isso, necessita de aptidões espirituais de outra espécie, por exemplo, riqueza de memória e prevalescência de autoridades; contra oque, concluir autoconsciente do cientista da natureza repousa totalmente na utilização da própria compreensão”. Outra constatação que Gadamer vê em Wilhelm Dilthey é a suposta separação objeto de pesquisa e pesquisador vista nas ciências naturais é praticamente impossível nas ciências de espírito já que o pesquisador tem “vínculos” com o seu própiro objeto.

    Gadamer está em busca do caráter próprio da chamada hoje conhecimento social disassociando-o do método da ciência natural, caracterizada na Rev. Científica pelo domínio, do qual se esperava alcançar também no espiríto humano. Lançando a hermenêutica filosófica como um processo de compreensão explorando o mundo humano e a idéia de vivência social, cultural e estética para a formação desse espiríto que tem a si mesmo como intérprete e participante de sua tradição histórica.

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  2. No capítulo indicado, Gadamer busca demonstrar as diferentes utilizações da história, a recorrência ao passado e como tal se enquadra perante a filosofia. Gadamer afirma que antes a história era vista de forma metafísica, por vezes mítica, principalmente nos autores anteriores à Kant e que depois de Hegel foi considerado um novo método epistemológico.
    Com isto, ocorreu o surgimento da concepção neokantiana com Dilthey, que "concebeu a base de todas as ciências do espírito numa psicologia, fornecendo assim às ciências do espírito sua própria consciência metodológica. Desta forma, ele também parece estar dominado pelo questionamento epistemológico, que pergunta pela possibilidade da ciência, e não pelo que é a história."
    Dilthey nega a existência de "uma verdade", dando à verdade um caráter diferente de seus antecessores, que buscavam uma coisa absoluta, algo irrefutável. Ele buscava demonstrar que a história era moldada, feita pelas pessoas, sendo assim, essa verdade absoluta seria impossível, pois a verdade seria mutável, não podendo assim ser concebida por qualquer um em qualquer momento. A história é mostrada como "estrutura do tempo" e que, para compreendermos todos os fenômenos desse tempo, é essencial a compreensão desta estrutura. Gadamer diz também que esta estrutura do tempo de Dilthey significa que "Na própria busca de sua autoconsciência, o espírito transforma constantemente seu ser. Ao conceber a si mesmo, já se transformou num outro, diferente do que era.", ou seja, esta estrutura pode mudar ao tentar se autoconceber, reforçando a ideia de que a verdade seria algo de constante mudança.
    A partir destas ideias, podemos considerar que a consciência histórica põe fim à metafísica, e segundo o autor, que afirma que Dilthey é dificilmente compreendido quando falamos de nosso ser histórico em relação à influência destes mundos históricos distintos, mas que a história tem de ser reveladora, ter significado, vinculando o nosso destino histórico. Sendo que, nas próprias palavras do autor: "...A história é o que nós fomos antigamente e o que somos agora. É o aspecto vinculador de nosso destino".

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  3. O texto apresenta uma relação entre as ciências naturais e as chamadas ciências espírito, procurando mostrar a independência desta em relação a outra. A princípio Gadamer mostra a visão de John St. Mill, que procura não reconhecer uma lógica própria das ciências do espírito, mas mostrar que assim como na ciência experimental, o método indutivo é a base do que chama de "moral scienses", mostrando que o importante, tanto em relação às ciências naturais, quanto em relação às ciências morais, é reconhecer as uniformindades, e que nenhuma das duas apresenta uma regularidade exata (a causa dessa inexatidão seria a falta de dados).
    Então, Gadamer cita Hermann Helmholts, que acredita que as ciências da natureza são diferentes das chamdas ciências do espírito, considerando as diferenças entre a indução das ciências da natureza e das ciências morais: sendo a primeira uma indução lógica, e a segunda uma indução instintiva-artística (cita uma conclusão inconsciente, e uma necessidade de condições psicológicas especiais, para chegar
    às conclusões). Helmholtz fala ainda da relação do conhecimento histórico com a liberdade; para ele, não existe, no conhecimento histórico, lei da natureza, existem subordinação a mandamentos, a leis práticas. E considera que o universo da liberdade humana não conhece leis naturais sem excessões. O autor então nos apresenta o já conhecido historicismo como solução para a tarefa de separar as ciências do espírito das outras ciências. Para Droyser, o conceito de história deve ser compreendido mais profundamente, para que as ciências do espírito sejam mais compreendidas. Enfim, após dizer que não existe algum método específico para as ciências do espírito, o autor diz então que estas são menos ciência, e mais filosofia.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Após realizar a leitura do texto indicado: “O Significado da Tradição Humanística para as Ciências do Espírito” de Hans G. Gadamer é possível perceber que o autor estabelece um mundo de experiências e de um pré-conhecimento; a nova teoria hermenêutica que nos remete à compreensão das estruturas que determinam o sentido da vida por meio de uma realidade existencial, em que esse processo de interpretação da subsistência do homem depende da forma como ele correlaciona os conceitos das normas de acordo com as condições que permitem sua percepção, seu entendimento, ou seja, a visão hermenêutica tem como finalidade agregar questões normativas e metodológicas destinando-as para obter a essência, a interpretação das regras que permitirá o acesso do indivíduo ao mundo e aos fatos que o cercam.

    Segundo Gadamer para entender os princípios das coisas é necessário que o intérprete esteja apto a ter uma boa recepção de informações para a apropriação das próprias opiniões prévias que geram os conceitos individuais. No seguinte fragmento retirado desta obra (Verdade e Método), o autor define o processo do entendimento: “A compreensão somente alcança sua verdadeira possibilidade, quando as opiniões prévias, com as quais ela inicia, não são arbitrárias." Percebe-se que a concepção gadameriana não diferencia a compreensão da interpretação, implicando na construção de um novo conceito da história, desvinculando-se da intenção do autor.

    No processo humanístico das ciências sociais e naturais, Hans Georg Gadamer demonstra experiências como uma forma para a prévia compreensão do mundo e é possível observar que o autor não deixa de utilizar a razão para conceituar os fatos, apenas reformula a síntese pela ciência, não somente como método.

    Para concluir, os estudos de Hans Georg Gadamer constroem um novo paradigma, em que a teoria hermenêutica não precisa ser necessariamente um processo simples das ciências do espírito humanístico e sim uma forma de compreensão e interpretação de uma estrutura previamente particularizada.

    * Peço desculpa pelos minutos de atraso, mas tive problemas em relação ao download do texto.

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  6. Hans G. Gadamer no texto selecionado “O Significado da Tradição Humanística paras as Ciências do Espírito” presente na obra “A Verdade e o Método”, expõe as diferentes concepções para os métodos - e suas implicações- atribuídas as “Ciências do Espírito” a partir da visão de vários outros pensadores.
    Iniciando sua análise pela obra de John ST. Mill o qual é o responsável pela popularização do termo “ Ciências do Espírito”, Gadamer evidencia a tentativa de Mill em delinear as implicações que poderiam resultar do emprego da lógica da indução – lógica essa pertencente as Ciências do Espírito. É atribuído, portanto o método indutivo, que está na base de toda a ciência experimental mais que nessa concepção também recai sobre ciências de espírito. Assim seria interessante reconhecer a uniformidade dos fenômenos e seus processos individuais. O problema seria a dificuldade na certeza das previsões dos dados para determinar tal regularidade, pois os dados não podem ser reconhecidos em todos os lugares. Nesse sentido não iria indagar os motivos de certos efeitos, mas sim verificar as suas respectivas regularidades. ”O surgimento de decisões livres- caso existam – não interrompe o processo regular, porém pertence, ela mesma, à generalidade e à regularidade que são obtidas através da indução” a exemplo a psicologia da massa.
    Entretanto, Hans relata que o problema existente derivado das ciências filosóficas é a dificuldade de uma compreensão correta da natureza das ciências do espírito, levando em conta o padrão de conhecimento progressivo da legalidade. “A experiência do mundo social-histórico não se eleva a uma ciência com o processo indutivo das ciências da natureza”.
    Ao citar Hermann Helmholtz, é exposto que apesar de tanto as ciências da natureza quanto as ciências do espírito derivarem conclusões indutivas, a conclusão da última está vinculada a uma forma de concluir inconscientemente - à induções a partir de condições psicológicas especiais – exigindo uma espécie de senso do “tato” que necessitam de aptidões espirituais de outra espécie, por exemplo uma superioridade de autoridade e riqueza de memória. Ao indicar tal necessidade Helmholtz, na visão de Gadamer, indicou corretamente as exigências das ciências do espírito, podendo inclusive a partir dessas premissas concluir tais indagações: “Em que consiste esse tato? Como podemos adquiri-lo? Será que ao cabo, o que há de científico nas ciências do espírito depende mais do tato do que de sua metodologia?” – Indagações essas que continuam alimentando o problema existente na própria filosofia, o problema do método indutivo.

    *Profº desculpe pelo atraso, como comunicado via e-mail tive problemas em realizar o download do texto.

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  7. “No texto “O Significado da Tradição Humanística para as Ciências do Espírito” (pp.39-47)” em “Verdade e Método” de Hans G. Gadamer o método utilizado nas ciências da natureza é por vezes atribuído por alguns filósofos como os mesmos empregados nas ciências sociais (ciências do espírito) através da lógica da indução. Todavia Gadamer relata no cápitulo proposto para análise, que no contexto da obra “Lógica” de John Stuart Mill é apontada a problemática de que não basta apenas encontrar a lógica autônoma presente nas ciências sociais e sim procurar o caminho inverso para assim explicitar que a indução deve estar presente nos alicerces de toda ciência que se julgue como experimental.
    Também podemos observar através dos apontamentos de David Hume que o filósofo relata existir também nas ciências morais assim como nas naturais certo grau de constância que fazem com que possamos inferir futuros resultados em processos de ordem individual (lógica semelhante a presente no Historicismo). No texto o autor discorre através da questão de que embora possamos fazer previsões no campo dos fenômenos morais da sociedade, é complexo encontrar as causas determinantes para que ocorram certos eventos. Seria necessário, portanto, observar a regularidade de determinadas situações que influenciaram na ocorrência do evento analisado. Segundo Helmholtz as ciências da natureza necessitam de uma sensibilidade que vá além da auto compreensão de um determinado fenômeno tornando-se assim divergente das ciências da natureza.
    Para Droysen a partir de uma análise historicista pode-se alcançar certa ordem nos fenômenos sociais através da justificação histórica dos acontecimentos. Wilhelm Dilthey também fazia parte do grupo de autores que enfatizam a presença do contexto histórico na análise da sociedade julgando até mesmo suas ideias como mais elevadas que as de John Stuart Mill considerado por Dilthey como estudioso de comportamento condenável pelo fato de ser excessivamente dogmático e não possuir uma visão vinculada ao contexto histórico, todavia embora desejasse obter uma característica que tornasse as ciências do espírito independentes deixou-se convencer de certa forma pelo modelo empregado pelas ciências da natureza. As ideias de Dilthey não se afastam demasiadamente das de Helmholtz, pois Helmholtz ansiava por encontrar o método e as condições sob as quais trabalha as ciências sociais (do espírito) onde o tato psicológico é de crucial importância para seu estabelecimento como ciência podendo ser ainda mais importante que uma metodologia propriamente dita.
    Para Gadamer as ciências do espírito não devem ser consideradas inferiores as ciências da natureza, pois estas não fazem parte apenas de teorias cognitivas e sim da formação da sociedade como algo composto por organismos dinâmicos, sendo assim imprevisíveis. O procedimento hermenêutico tornou-se para muitos autores a metodologia das ciências humanas. Para eles os eventos das ciências da natureza devem ser explicados, mas os eventos de contexto social histórico devem ser compreendidos de maneira mais sutíl e interpretativa (através do tato psicológico). Onde se formula a dicotomia existente entre "ciências da natureza e ciências do espírito", que se diferenciam pelo fato de uma se prender ao método análise esclarecedora e a outra em um procedimento de compreensão de caráter descritivo.

    **Professor Peluso,
    Peço perdão pelo atraso da postagem. Assim como havia notificado ao senhor ontem via e-mail posto neste momento pelo fato de ter tido problemas para realizar o download do texto. Espero que compreenda. Desde já agradeço.

    Muito grata,
    Mariana Rodrigues de S. P. Oliveira

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  8. Helmhotz diferenciou duas espécies de indução: a indução lógica e a indução institiva- artística. O emprego da lógica da indução sobre a moral sciences ficou conhecido como ciência do espírito. No entanto, esse emprego fica subordinado a leis práticas e a mandamentos.
    A ciência do espírito está vinculada com o inconsciente, estando assim atrelada a condições psicológicas especiais. Além disso, exige uma riqueza de memória e prevalência de autoridade, enquanto, a ciência da natureza, em uma breve comparação, necessita apenas da sua própria compreensão e não de uma compreensão histórica, nem teórica. Isso faz com que seu entendimento da ciência do espírito fique comprometido. Mas afinal de contas, não se trata de conhecer uma lógica da ciência do espírito, mas sim perceber que o método indutivo está infiltrado em toda ciência experimental.
    Não existe nenhum método especifico para a ciência do espírito e com isso vem a indagação: ela depende mais do tato do que de sua metodologia? Isso a transforma em um problema da própria filosofia e é para se pensar.

    Professor! Moro em república e tive problemas com a conexão da internet. Deram 72 horas de prazo para a volta, por isso só postei hoje. Obrigada!

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  9. O alemão Hans G. Gadamer (1900-2002) pertence a uma tradição completamente diferente da tradição analítica, ele pertence a uma escola chamada Hermenêutica, e no texto “O Significado da Tradição Humanística para as Ciências do Espírito” ele faz um esforço para tentar dissociar o método das ciências naturais do método das ciências sociais, acabar com a visão formal da ciência como sociologia, pois os acontecimentos do mundo natural podem ser vistos pelo princípio da causalidade, algo totalmente complicado de ocorrer nas ciência social pelo motivo disso não acontecer nas ações humanas.
    Uma questão interessante a se fazer nesse momento é: qual seria o sujeito desse mundo não natural? Gadamer responde que é o espírito. Gadamer vem da tradição de Hegel que parte de pressupostos que não são de senso comum, ele entende que existe uma identidade absoluta entre o mundo exterior e o mundo interior. A realidade é pensamento de uma mente absoluta e, então, as coisas só são porque são pensadas, e o pensamento nosso é somente uma mente fazendo aquilo que ela faz.
    Para entender o humano é preciso entender o fenômeno da mente que conhece o mundo. Uma mente pensando é a unica coisa que existe e o resto só vai existir devido ao pensamento dessa mente. Gadamer, então, vai aparecer com essa tradição hegeliana de que é preciso entender essa mente que pensa e o quanto ela está expressa nos seres humanos, a Sociologia vai ser a compreensão dessa mente absoluta, pois a Sociologia baseada na observação é uma ferramenta não completa, atacando claramente as idéias comteanas de um ciência indutiva.
    Como um autor mais atual, Gadamer alega que o abandono dos aspectos científicos nas relações sociais vai ocorrendo gradualmente, aos poucos os autores vão tentando se afastar. Pelas concepções de Gadamer é possível, também, ver uma outra maneira de sociologia que é mais próxima da literatura, pois ela - assim como outras expressões artísticas- ajuda, e muito, na compreensão do espírito humano - principal objeto de Gadamer. Além disso, ir além da ferramentas metodológicas que advém das ciências sociais é uma das melhores formas de atingir a ciência do espírito humano que tem como principal objetivo conhecer o ser humano universal.

    Não sei se ainda está considerando as postagens, essa semana estava cheio de trabalhos e acabei postando só agora, de qualquer forma está ai.

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  10. Verdade e Método" fala de um acontecer da verdade no qual já sempre estamos dentro pela tradição. Gadamer vê a possibilidade de comentar fenomenologicamente esse acontecer em 3 ambientes da tradição: o acontecer na obra de arte, o acontecer na história e o acontecer na linguagem. A hermenêutica que cuida dessa verdade não se subordina a regras do metodo das ciências humanas, por isso ela é chamada de hermenêutica filosófica. É desse modo que Gadamer funda um lugar para a atividade da razão, fora das disciplinas da filosofia clássica e num argumento em que a metafísica foi superada.

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  11. Hans G. Gadamer inicia sua análise a partir da obra de John ST. Mill, demonstrando os efeitos da utilização da lógica da indução, proveniente das ciências do espírito.
    A indução, presente em toda a ciência experimental, também é presente nas ciências do espírito (ciências sociais) segundo essa concepção. Essa presença fica subordinada a diversas regras.
    A ciência do espírito vincula-se a questões psicológicas tornando-se uma espécie de inconsciente coletivo, exigindo autoridade e uma gama de memórias específicas.
    De forma semelhante ao historicismo, devem-se reconhecer os processos individuais e as uniformidades dos fenômenos para se realizar previsões, porém, há uma dificuldade em se prever todas as causas dos eventos estudados.
    Segundo Droysen e Dilthey, é possível justificar historicamente os fenômenos sociais.
    Hans G. Gadamer considera as ciências do espírito tão importantes quanto as ciências da natureza. Segundo o autor, as ciências do espírito não se utilizam de teorias cognitivas (como as naturais), mas sim de complexidades oriundas do processo de formação da sociedade.

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  12. Desculpe pelo atrazo, foi devido a problemas técnicos.

    Hans G. Gadamer um filósofo contemporâneo alemão inicia sua obra apartir da análise da obra de john ST.Mil, e assim trata neste trexo de sua obra sobre o método indutivo que se baseia nas observações.De acordo com o texto o problema deste método é que ele é parescido com as medições meteorológicas que apesar de serem metódicas são incompletas, dessa mesma forma seria a utilização do método indutivo , que simplesmente costataria regularidades.
    Outra parte im portante para o estudo do método seria a evolução do estudo teórico da história, como pude ver:
    "Mas havia uma tarefa bastante urgente , numa pesquisa que estava , na verdade, em plena florescência de elevas a 'escola histórica' a uma autoconsciência lógica "

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  13. A verdade e o método - O Significado da Tradição Humanística para as Ciências do Espírito; Hans G. Gadamer

    As obras de Gadamer proporcionaram o nascimento de uma nova hermenêutica em que o processo da interpretação não vem da descoberta do "exato" ou do "correto" sentido do texto ou da norma, mas da análise das condições em que ocorre a compreensão.
    No texto estudado, vemos a investgação de pensadores que marcaram as diferenças em métodos e posturas entre as ciências “do espírito” e as da natureza.
    Vemos tambem diferentes precisões entre ciência social e ciência natural. Chegando com o diferencial das ciências do espírito por concluir o inconsciente. Ela exige um certo bom senso, e aptidões que venham do espírito do indivíduo. E ao contrário das ciências do espírito, as naturais concluem o autoconsciente. Dessa forma podemos enxergar a relação independente entre esses dois “tipos” de ciência.

    Desculpa o atraso, eu tinha avisado ao senhor que ia postar atrasada, apesar de atrasar mais do que eu pensei.

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  14. Gadamer se volta para o trabalho de encontrar o caminho para a consciência histórica, numa apropriação da tradição que preserve para esta a força do compromisso. Esse caminho a hermenêutica filosófica explora na crítica da falsa auto-compreensão metodológica das ciências do espírito. O filósofo pretende salvar a substância da tradição por meio de uma apropriação hermenêutica..

    É assim que a filosofia hermenêutica de Gadamer encontra na força civilizatória da tradição a autoridade de uma razão diluída do ponto de vista da história efetiva. Gadamer, portanto, não traz de volta a metafísica nem mesmo uma ontologia salvadora; o que lhe importa é mostrar como a razão deve ser recuperada na historicidade do sentido, e essa tarefa se constitui na auto-compreensão que o ser humano alcança como participante e intérprete da tradição histórica. Se nós formos limitar a indicação dos motivos determinantes que estão presentes num tal estilo de pensamento, poderíamos encontrar as seguintes etapas: o diálogo e a dialética em Platão, a hermenêutica e o diálogo, a arte como paradigma da experiência hermenêutica, o estabelecimento das tarefas de uma hermenêutica filosófica e a universalidade da experiência hermenêutica e, por fim, a aplicação como momento do compreender, a hermenêutica como filosofia prática.

    Gadamer afirma, na introdução de seu livro, o seguinte: "As análises que seguem começam (por isso) como uma crítica da experiência estética, para defender a experiência de verdade que nos é dada pela obra de arte, contra a teoria estética que se deixa estreitar pelo conceito de verdade da ciência. As análises, entretanto, não param na justificação da verdade da arte. Elas procuram antes desenvolver, desde esse ponto de partida um conceito de conhecimento e de verdade que corresponde ao todo de nossa experiência hermenêutica. Assim como temos que nos haver, na experiência da arte, com verdades que ultrapassam basicamente a esfera do conhecimento metódico, do mesmo modo algo semelhante vale para o todo das ciências do espírito, nas quais nossa tradição histórica é transformada também em objeto da pesquisa, em todas as suas formas, mas ao mesmo tempo ela mesma passa a falar em sua verdade. A experiência da tradição histórica ultrapassa fundamentalmente aquilo que nela é pesquisável. Ela não apenas é verdadeira e não-verdadeira, no sentido sobre o qual decide a crítica histórica - ela medeia constantemente a verdade na qual importa tomar parte".

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  15. Portanto "Verdade e Método" fala-nos de um acontecer da verdade no qual já sempre estamos embarcados pela tradição. Gadamer vê a possibilidade de explicitar fenomenologicamente esse acontecer em três esferas da tradição: o acontecer na obra de arte, o acontecer na história e o acontecer na linguagem. A hermenêutica que cuida dessa verdade não se submete a regras metódicas das ciências humanas, por isso ela é chamada de hermenêutica filosófica. É desse modo que Gadamer inaugura um lugar para a atividade da razão, fora das disciplinas da filosofia clássica e num contexto em que a metafísica foi superada.

    Mas, apesar de a hermenêutica filosófica desenvolver-se numa perspectiva crítica da metafísica, ela apresenta uma pretensão de universalidade. Porém tal universalidade assume uma forma não dogmática, restando-lhe, portanto, uma universalidade que se move muito próxima da universalidade da crítica. Jürgen Habermas foi um dos primeiros a serem ' tocados pela pretensão de universalidade da hermenêutica.

    Ele reconhece-lhe assim algumas características importantes: a) a hermenêutica é capaz de descrever as estruturas da reconstituição da comunicação perturbada; b) a hermenêutica está necessariamente referida à práxis; c) a hermenêutica destrói a auto-suficiência das ciências do espírito assim como em geral elas se apresentam; d) a hermenêutica tem importância para as ciências sociais, na medida em que demonstra que o do- mínio objetivo delas está pré-estruturado pela tradição e que elas mesmas, bem como o sujeito que compreende, têm seu lugar histórico determinado; e) a consciência hermenêutica atinge, fere e revela os limites da auto-suficiência das ciências naturais, ainda que não possa questionar a metodologia de que elas fazem uso;f) finalmente, hoje uma esfera de interpretação alcançou atualidade social e exige, como nenhuma outra, a consciência hermenêutica, a saber, a tradução de informações científicas relevantes para a linguagem do mundo da vida social.

    Ainda que as observações de Habermas reconheçam aspectos da universalidade da hermenêutica filosófica, ele o faz, em contraste, com a pretensão de universalidade da crítica com a qual ele pretende atingir campos onde a hermenêutica filosófica não saberia trabalhar. Não é só por parte de Habermas que se ouvem essas críticas à hermenêutica filosófica, ela também é objeto de crítica da filosofia analítica. Esta vê na historicidade da linguagem e na pré-compreensão como condição de todo- discurso uma falta de recursos para examinar pretensões de validade dos textos que são interpretados ("Tugendhat").

    Na medida em que a hermenêutica filosófica trabalha com o sentido, a analítica reduz a linguagem à unidade mínima que é o significado. Mas espíritos mais conciliadores se contentam em afirmar que a hermenêutica sem a filosofia analítica é cega e a filosofia analítica sem a hermenêutica é vazia.

    Justificativa da demora: motivos pessoais

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  16. Hans G. Gadamer no seu texto “O Significado da Tradição Humanística para as Ciências do Espírito” busca apontar as diferenças de método entre as ciências naturais e do "espírito".
    O autor passa por uma revisão conceitual de vários autores que mostra que s ciências do espírito são influenciadas pelo modelo das ciências da natureza, e busca mostrar como alguns deles tentaram eliminar está influência. John Stuart Mill, mostra que não se trata de conhecer uma lógica própria das ciências do espírito, mas, de demonstrar que o método indutivo, que está a base de toda a ciência experimental.
    Hermann Helmoltz diferencia as ciências do espírito das ciências naturais, sua diferenciação segundo Gadamer não foi eficaz, pois Helmoltz parte do ideal do método das ciências da natureza, pelo seu processo de indução nas ciências do espírito, seria necessário, condições psicológicas especiais, como riqueza de memória.
    Droysen afirma: “não há certamente nenhum campo científico que esteja tão afastado de uma justificação, delimitação e articulação teóricas como a história." O historicismo de Droysen é uma tentativa de solução para o problema do método da ciência do espírito, a qual deveria formar um grupo independente de ciência.
    A hermenêutica que cuida dessa verdade não se submete a regras metódicas das ciências humanas, por isso ela é chamada de hermenêutica filosófica. É desse modo que Gadamer inaugura um lugar para a atividade da razão, fora das disciplinas da filosofia clássica e num contexto em que a metafísica foi superada.

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  17. A auto-reflexão lógica das ciências de espírito acompanhou seu desenvolvimento, no séc. 19, e é moldada sob o molde das ciências da natureza. Na Lógica de Mill, ele demonstra que o método lógico utilizado em todas as ciências experimentais é o mesmo para as ciências do espírito; elas não possuem uma lógica indutiva nova.
    O objetivo das ciências morais é o mesmo de qualquer outra ciência, isto é: reconhecer padrões e regularidades para que possam ser feitas previsões acerca de fenômenos. O que torna certas previsões débeis é o fato que algumas informações não são facilmente adquiridas, ou nem chegam a se tornar de conhecimento do cientista.
    Ao se refere a fazer previsões acerca de fenômenos (pertencentes a qualquer categoria científica que seja), deve-se deixar de lado hipóteses metafísicas e indagações que busquem descobrir o que causa tal efeito. A concentração deve-se ater ao fenômeno em si, e nas peculiaridades que o caracterizam,
    O autor deixa claro que uma pesquisa desligada de aspectos subjetivos do cientista e unida ao método experimental como a acima descrita pode ser até chamada de uma “ciência social da natureza”, e se considerar a psicologia de massa, pode concluir várias pesquisas com êxito.
    Helmholtz distinguiu duas espécies de indução: lógica e instintiva-artística, e diferenciou, com êxito ciências da natureza e as de espírito. As diferenças não seriam lógicas, e sim, psicológicas. A conclusão, referente a ambas as ciências, seria conseguida através de indução; porém, o procedimento de conclusão das ciências de espírito seria inconsciente, talvez devido à dificuldade de se fazer experimentações quanto aos fenômenos dos quais trata, portanto, ligado a capacidades psicológicas especiais do cientista.
    Para ele, o método ideal das ciências naturais não necessitava de nenhum respaldo histórico, por isso não entendia porque as ciências de espírito necessitavam do mesmo.
    O autor conclui afirmando o que todos nós sabemos: as ciências de espírito são tidas como inferiores às ciências naturais, e também são consideradas as responsáveis pelo estudo do humanismo, pensamento do qual eu não discordo. As ciências de espírito são sim, o melhor método de estudo da humanidade e sociedade, sendo as ciências exatas e de natureza as ciências que colocam em prática e estudam as soluções técnicas possíveis para os problemas sociais que as ciências do espírito identificaram.

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